Mayara Colzani
Diretora de Comunicação da UJES
Nos dias 4 e 10 de março os estudantes
das escolas estaduais João Colin e Rudolfo Meyer, junto com a União Joinvilense
dos Estudantes Secundaristas (UJES), realizaram uma
manifestação contra o corte do vale-transporte. Os estudantes recebem passe
estudantil há dois anos e nunca tiveram problema, mas no início do ano letivo
de 2016 o benefício não chegou à mão de ninguém. Diante dessa situação, sem ter
como ir à escola, os alunos saíram às ruas.
No primeiro ato, os manifestantes
foram até a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) para pedir que o
governo do estado reestabelecesse o fornecimento da passagem de ônibus aos
estudantes e cessasse os cortes na educação.
De acordo com a secretária Simone
Schramm, a verba das passagens já tinha sido repassada para a Secretaria da Educação
(SE) e só faltava a distribuição do vale-transporte para as escolas. Diante
disso, os estudantes decidiram que, na quinta-feira (10/03), a manifestação
seria em frente à SE.
Na Secretaria, os estudantes
foram informados que os vale-transportes já tinham sido repassados para as
diretoras, mas o que realmente aconteceu foi um repasse de apenas metade dos passes.
O governo mandou as direções selecionarem quem receberia e considerou que os
alunos que têm outra escola mais perto de casa não precisavam estar
matriculados naquela unidade.
Novamente, o governo quer conter
gastos e quem paga a conta é a população. A maioria das escolas mais próximas
das casas dos estudantes não têm vagas ou, se possuem, são em período noturno.
Para estudar nesse turno, é necessário um documento que comprove que o
estudante trabalha. Se não conseguir provar, a vaga noturna nessa unidade
também não será aberta para ele.
Não há nenhuma responsabilidade
com o direito à educação. Durante a semana relatamos várias situações como:
irmãos que moram na mesma casa, mas apenas um recebeu o passe ou amigos da
mesma sala que vivem na mesma rua e também tiveram essa diferenciação.
Não há vaga perto de casa, não são
fornecidos vale-transportes, não há condições de chegar até a escola. Como
vamos estudar? O que o governador Raimundo Colombo quer é que os estudantes não
estejam na sala de aula. Ele quer o fechamento de turmas, a demissão de
professores, quer mais uma vez atacar a educação. Não vamos deixar que isso
aconteça, vamos continuar todos juntos lutando por uma educação pública,
gratuita e para todos.
CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO!
PASSE ESTUDANTIL PARA TODOS JÁ!
PELA GARANTIA DE DIREITOS!
POR TRANSPORTE PÚBLICO, GRATUITO
E PARA TODOS!
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