Hoje, dia 30 de setembro de 2014, dois diretores da União Joinvilense dos
Estudantes Secundaristas (UJES) foram apresentar a campanha “Governador, eu
quero!” aos estudantes da Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos, onde
foram duramente reprimidos pela direção escolar.
Se liga governador: queremos ensino público e gratuito para todos. Abaixo a repressão!
Além de tentar evitar a todo custo a passagem da UJES nas
salas de aula, a direção escolar chamou a polícia para retirar os estudantes de
dentro da escola.
A maneira autoritária como a diretora da escola se posiciona
frente à livre organização dos estudantes é preocupante, e a UJES condena toda
e qualquer forma de repressão aos que lutam.
Apesar de todo o esforço da direção em impedir a livre
atuação da UJES, a campanha foi divulgada na escola, com a passagem em algumas
salas (antes da intervenção policial), e ao final da aula, com o auxílio de
carro de som e panfletagem.
Estudante não é bandido. Lutamos por ensino público e
gratuito para todos.
Pela liberdade de atuação das entidades estudantis!
Durante
a semana a Ujes esteve nas escolas de Joinville para apresentar a
campanha “Governador, eu quero”. Desta vez, foram as E.E.B Dr Tufi Dippe, E.E.B Prof Juracy Maria Brosig
e E.E.B Prof Gertrudes Benta Costa, onde a campanha foi muito bem recebida pelos professores e alunos, que parabenizaram a direção da Ujes
pela iniciativa.
Visita à E.E.B Dr. Tufi Dippe
Participe do lançamento oficial da campanha no dia 2 de outubro às 19h,
no Sinsej.
Nos ajude a divulgar e participe da luta por
uma Educação pública, gratuita e para todos!
Na última terça-feira (23/09), a Ujes apresentou a campanha "Governador, Eu Quero" para a E.E.B Antônia Alpaídes, no Nova Brasília. A direção da escola criou dificuldades para a passagem nas salas, mesmo com os documentos que permitem a ação da Ujes em mãos. A Ujes luta por educação pública, gratuita, para todos e sem a repressão habitual, para que grêmios e entidades estudantis tenham total liberdade de expressão em escolas, pois, mesmo com o amparo da lei, o autoritarismo das direções proíbe as entradas em salas e a construção política dos estudantes, o que deve ser repudiado. Mesmo com as dificuldades, os apoiadores da Ujes apresentaram a campanha aos estudantes, que a receberam muito bem, concordando com as reivindicações postas. As escolas estaduais continuarão recebendo a Ujes, para que no dia 2 de outubro, o lançamento da campanha frente aos candidatos seja bem-sucedida e os estudantes tenham suas vozes ouvidas e suas reclamações solucionadas. Francisco Aviz Diretor de comunicação da Ujes.
Sexta-feira
(19/09), a E.E.B Jorge Lacerda recebeu a direção da Ujes e apoiadores
da escola Paulo Medeiros, que apresentou aos alunos da escola do bairro
Guanabara a campanha “Governador, eu quero". A Ujes foi muito bem recebida pelos alunos e professores, que fizeram
questão de manifestarem seu apoio à campanha que busca falar diretamente
com os candidatos ao governo do estado sobre a situação calamitosa da
educação pública em Joinville. Foram distribuídos os panfletos e os alunos convidados para a reunião
entre os secundaristas, professores, direções e os candidatos dessas
eleições. Ao decorrer dessa semana, outras escolas receberão a Ujes.
Participe da campanha compartilhando nas redes sociais a hashtag: #GovernadorEuQuero
Reunião no Paulo Medeiros de apresentação da campanha.
Foi dada a largada na campanha!
Nos dias
10,11 e 12 dessa semana o Grêmio Estudantil da escola Paulo Medeiros,
Filhos da Revolução, juntamente com a Ujes (União Joinvilense dos
Estudantes Secundaristas), deram início a campanha: #GovernadorEuQuero
A
aceitação dos estudantes foi excepcional. Essa campanha tem como
finalidade fazer uma carta com as reivindicações que serão entregues
aos candidatos ao governo do estado no dia 2 de Outubro, às 19h, no
Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville – SINSEJ.
O
grêmio Filhos da Revolução e Ujes, convida todos os
estudantes a comparecer na entrega da carta e falar o que nós, alunos,
queremos: EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUÍTA PARA TODOS!
Henrique de Macedo Airoso da Silva
Estudante da E.E.B Paulo Medeiros e diretor da Ujes.
Entre
as décadas de 60 e 80, a América do Sul sangrava com as ditaduras militares, como
no Brasil, Argentina, Chile e Nicarágua. Em 2014, completou 50 anos do golpe de
Estado civil-militar no Brasil e relembramos todos os crimes cometidos pela
direita brasileira por 21 anos. Hoje, dia 11 de setembro, recordaremos o golpe
terrorista do Exército militar chileno, que completa 41 anos.
No
começo da década de 70, Salvador Allende, da Unidade Popular - frente da
esquerda chilena - e presidente eleito pelo povo, que praticava uma política de
colaboração entre trabalhadores e burguesia, organizou avanços para a
população. Nacionalizou a indústria, realizou a reforma agrária, distribuiu
renda e extinguiu a educação privada, oferecendo à sociedade ensino público,
gratuito, de qualidade e para todos.
Isso,
obviamente, enlouqueceu a burguesia chilena e deixou preocupado o governo dos
EUA, em pleno período de guerra fria. Assim, começaram as ações assassinas e
devastadoras, provocando um bloqueio econômico contrao
Chile, levando o país a crise e implantando revoltas populares contra o governo
de Salvador Allende: como hoje fazem na Venezuela para desmoralizar os avanços
do governo.
Houvevárias tentativas de golpes contra o presidente
chileno, mas os generais antecessores do sanguinário Augusto Pinochet, como Carlos
Prats, se recusavam pôr fim à democracia chilena. A “CIA”, conhecida
inteligência policial dos EUA, foi criada com uma única e exclusiva intenção,
derrotar governos progressistas e possíveis movimentos dos trabalhadores pelo
socialismo. Uma de suas maiores intervenções ocorreu no Chile para desfazer as
conquistas da população, assim como aconteceu no Brasil, em 1964, quando o
presidente João Goulart, que implantava as “Reformas de Base” para a melhoria
das condições de vida do povo brasileiro, foi deposto do cargo à força,
sofrendo o golpe pelos militares.
La Moneda bombardeada.
Na
manhã de 11 de setembro de 1973, o Exército chileno cercou La Moneda, palácio
presidencial do Chile. Passou toda a manhã exigindo que Salvador Allende
entregasse seu cargo. Depois de três horas de exigências militares e a recusa
do presidente, as Forças Armadas começaram a bombardear La Moneda. Os registros
mostram que Allende morreu às 14h15 e a autópsia afirma que ele cometeu
suicídio, mas outras versões não oficiais alegam ter sido assassinado pelos
militares.
A ditadura militar no Chile
"Nem perdão, nem esquecimento. Pinochet Assassino".
Augusto
Pinochet é conhecido como o mais sanguinário e autoritário ditador da América
Latina. Perseguiu, prendeu e matou os militantes da Unidade Popular, sindicalistas,
artistas, como o músico revolucionário Victor Jara e até democratas burgueses.
Seu governo foi condenado pelos Direitos Humanos das Nações Unidas por ser
extremante repressor e cruel. Cerca de 40 mil pessoas, entre torturados,
desaparecidos e mortos, foram vítimas da ditadura militar chilena de Pinochet,
que durou de 1973 a 1990.
"Educação pública, gratuita e de qualidade. Revolução".
Nos
primeiros anos, na área educacional, ordenou uma extensiva queima de livros por
todo o país, aqueles considerados “perigosos” para a população, que falavam de
lutas sociais e poderiam incentivar um levante popular. Além disso, a ditadura
militar privatizou 100% da educação chilena, obrigando todos a pagarem para
qualquer tipo de ensino, o que é praticado até os dias de hoje, pois as escolas
públicas são administradas pelos municípios, que cobram os alunos. Os
estudantes, por existir apenas o ensino privado, contraem dívidas logo no
começo de suas vidas, tendo de financiarem por anos e anos seus estudos, que,
por direito, devem ser gratuitos.
Manifestação no Chile, com milhares de estudantes.
Recentemente,
ondas de manifestações da juventude inundaram as ruas do Chile, pondo até 70
mil estudantes em Santiago, que clamavam por ensino público, gratuito e para
todos.
Durante
a ditadura, a desigualdade social se aprofundou. Após a volta da democratização
burguesa, em 1990, 38,6% da população estava abaixo da linha da pobreza;
retrato do Estado capitalista.
Nos
anos de 1978 e 1980, Augusto Pinochet propôs um plebiscito para passar a
impressão de um governo correto e democrático, mas eram claras as fraudes e
ilegalidades, onde o ditador foi reeleito por mais oito anos. Em 1988, mais um
plebiscito foi realizado e 55,99% dos eleitores votaram contra a permanência de
Pinochet no poder, que foi obrigado a passar seu cargo a um representante da
Igreja, Patricio Aylwin, mas continuou a influenciar no país, sendo o
responsável-geral pelas Forças Armadas chilenas, até 1998, quando foi nomeado Senador
Vitalício.
A
Ujes luta por uma sociedade livre de toda a injustiça, exploração e opressão do
Estado capitalista, que ocasionalmente, recorre a golpes, instaurando governos
ilegais. A Ujes luta pela Revolução Socialista, que é feita pela força do
trabalhador e do estudante.
Sempre
nos manifestaremos contra qualquer arbitrariedade e repressão à nossa liberdade
e lembraremos todos os golpes e crimes já cometidos pela burguesia para que
nunca mais se repitam e conscientizem a todos quem é o verdadeiro inimigo a ser
combatido e derrotado.
“Estudiar para Luchar. Luchar para
estudiar” (frase usada durante as manifestações
estudantis de 2011-2012, no Chile).
Francisco Aviz
Diretor de comunicação da Ujes.
Assista o curta documentário, dirigido por Ken Loach, abaixo para compreender ainda mais sobre o terrorista golpe militar de 11 de setembro de 1973:
“Fizeram
da sua rua filial do Vietnã.
Deram rifles pras crianças, estupraram sua irmã.
Exilaram na favela o cidadão na teoria, oprimido, censurado no país da
democracia.
Te dão crack, fuzil, cachaça no boteco.
Esse é o campo de concentração moderno”.
“Hitler, FHC, capitão do mato, bacharelo em carnificina, mestrado em
holocausto.
Chega de bater palma tomando tiro e facada”.
...
“Morto
pelo senhor do engenho com farda e pistola,
que só em cabeça de pobre descarrega sua
munição,
Discurso ou revólver,
Tá na hora da revolução!”.
“Discurso
ou Revólver” é mais uma obra-prima do grupo de rap Facção
Central. Conta como são tratados pelo Estado capitalista a maioria, os trabalhadores e estudantes.
Como já é conhecido, Facção Central foca de forma precisa
na violência que o capitalismo gera, não dando oportunidade, justiça e
igualdade à massacrante maioria da população. A delinquência, consequência da
pobreza, é o único modo de sobreviver no meio da matança e miséria das favelas,
que não sofrem sozinhas. Fora delas, estudantes e trabalhadores também são
vítimas das barbáries do mercado livre, da propriedade privada, da corrupção do
Estado em prol do empresariado e da polícia, que mata, reprime e prende
inocentes.
A música clama por uma Revolução para varrer os
exploradores e assassinos e pôr fogo na constituição burguesa, que mata a
maioria e enriquece alguns.
Compara a Polícia Militar, treinada pala matar pobres, com
a polícia nazista, a SS, além de confirmar o que vimos e sentimos com a
repressão policial nas manifestações: “se vier pro asfalto fazer passeata, aí o PM
te mata, te faz engolir bandeira e faixa”.
O refrão da música explica aos companheiros que se
tornaram bandidos que o crime não adianta nada, mesmo sendo a única saída para
eles: “tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério com
uma pá de tiros. De ser o analfabeto comendo resto, viciado que o DENARC manda
pro inferno”.
No final da obra, a letra fala: “não adianta sermos milhões se
não somos um. Ação coletiva, objetivo comum. Discurso ou revólver, não
interessa a opção, sem união é impossível a Revolução!”.
De forma simples, popular e correta, Facção Central
promove a conscientização dos estudantes e trabalhadores, mas, obviamente, não
tem a visibilidade que outros músicos, pois eles não fazem parte do mercado e
mídia da burguesia, pelo contrário, querem derrubá-los, assim como a Ujes, pois
é a única forma de uma vida digna para a maioria, com saúde, transporte,
educação e lazer para todos, sem a repressão do Estado capitalista, pobreza e
preconceitos que ele provoca. Mas para isso, como diz o fim da música, é
preciso a união dos explorados, dos marginalizados, dos que produzem a riqueza,
mas ficam sem ela e da juventude. Somente a unidade e a luta contra os
assassinos burgueses é que nossa vitória será decretada.
Que o Rap continue sua linda saga de mostrar a realidade
às pessoas, assim como o Rock, o Samba, o Funk e afins. Que a alienação pela
música, como é usada pela mídia burguesa, pare urgentemente de afetar a
juventude, o que só ela pode fazer, engajada na luta contra a continuidade das
desigualdades, crimes, preconceitos e injustiças que o capitalismo provoca.
Viva
a cultura popular!
Viva a conscientização que a arte pode proporcionar!
Viva Facção Central!
Por vitórias concretas, a Ujes adere à campanha que
busca transporte, saúde, educação e abaixo à repressão! A entidade está
ajudando a criar comitês para fortalecer a luta do estudante e do trabalhador,
que demonstram insatisfação diária pelas situações que o Estado capitalista
impõe a eles. Educação de qualidade, uma saúde verdadeira e humana e um
transporte civilizado para o trabalho e o lazer da população, sem exceções, sem
cotas, livres e controlados pelos próprios usuários e donos por direito.
A juventude é essencial para que essa campanha continue e tenha êxito. Juntamente com a campanha, a
Ujes seguirá formando grêmios para a consolidação e conscientização dos
estudantes nas lutas sociais para as conquistas por uma sociedade igualitária e
justa.
O
Brasil vive um tempo em que a juventude não se contenta mais com as farsas a
ela pregada, deixando-a alvoroçada por mudanças, algo extremamente importante
para a conquista de uma sociedade igualitária e fraterna. Um dos principais
órgãos que protegem, acolhem e dão começo a essas mudanças são os Grêmios Estudantis,
que devem estar no controle dos estudantes de forma rígida, ou seja, sem laços
com diretorias e muito menos com os que destroem a educação pública, mas,
infelizmente, somos pegos por notícias que destoam da forma independente de
luta dos estudantes, como a que recebemos de que diretorias estão construindo
grêmios, e com o aval da secretaria de educação, para, ao invés de lutar contra
o governo devastador de Raimundo Colombo (PSD), ajuda-lo e em nada criticá-lo,
como se fosse vítima dos abandonos, leilões dos terrenos escolares, destruições
e todo o resto que professores e estudantes já sabem de cor e salteado, crimes
cometidos por esse governo que tem tudo, lamentavelmente, para se reeleger em
outubro.
O
Grêmio é uma entidade livre, que deve ser formada por estudantes com o intuito
de lutar por melhorias nas escolas públicas. A Ujes, que está presente na
batalha contra a destruição contínua nas escolas da região e tem como aliado os
grêmios de luta da cidade, se manifesta e se rebela contra essas ações do
governo e das diretorias aliadas a ele. Que os estudantes que se submetem aos
jugos dos diretores tomem consciência desse mau e se juntem a Ujes pela
formação de um grêmio de luta em suas escolas, pois lutar a favor do governo
Colombo é lutar contra o seu futuro e o futuro da educação pública catarinense.