“Fizeram
da sua rua filial do Vietnã.
Deram rifles pras crianças, estupraram sua irmã.
Exilaram na favela o cidadão na teoria, oprimido,
censurado no país da democracia.
Te dão crack, fuzil, cachaça no boteco.
Esse é o campo de concentração moderno”.
“Hitler, FHC, capitão do mato, bacharelo em carnificina, mestrado em holocausto.
Chega de bater palma tomando tiro e facada”.
Deram rifles pras crianças, estupraram sua irmã.
Exilaram na favela o cidadão na teoria, oprimido,
censurado no país da democracia.
Te dão crack, fuzil, cachaça no boteco.
Esse é o campo de concentração moderno”.
“Hitler, FHC, capitão do mato, bacharelo em carnificina, mestrado em holocausto.
Chega de bater palma tomando tiro e facada”.
...
“Morto
pelo senhor do engenho com farda e pistola,
que só em cabeça de pobre descarrega sua munição,
Discurso ou revólver,
Tá na hora da revolução!”.
que só em cabeça de pobre descarrega sua munição,
Discurso ou revólver,
Tá na hora da revolução!”.
“Discurso
ou Revólver” é mais uma obra-prima do grupo de rap Facção
Central. Conta como são tratados pelo Estado capitalista a maioria, os trabalhadores e estudantes.
Como já é conhecido, Facção Central foca de forma precisa
na violência que o capitalismo gera, não dando oportunidade, justiça e
igualdade à massacrante maioria da população. A delinquência, consequência da
pobreza, é o único modo de sobreviver no meio da matança e miséria das favelas,
que não sofrem sozinhas. Fora delas, estudantes e trabalhadores também são
vítimas das barbáries do mercado livre, da propriedade privada, da corrupção do
Estado em prol do empresariado e da polícia, que mata, reprime e prende
inocentes.
A música clama por uma Revolução para varrer os
exploradores e assassinos e pôr fogo na constituição burguesa, que mata a
maioria e enriquece alguns.
Compara a Polícia Militar, treinada pala matar pobres, com
a polícia nazista, a SS, além de confirmar o que vimos e sentimos com a
repressão policial nas manifestações: “se vier pro asfalto fazer passeata, aí o PM
te mata, te faz engolir bandeira e faixa”.
O refrão da música explica aos companheiros que se
tornaram bandidos que o crime não adianta nada, mesmo sendo a única saída para
eles: “tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério com
uma pá de tiros. De ser o analfabeto comendo resto, viciado que o DENARC manda
pro inferno”.
No final da obra, a letra fala: “não adianta sermos milhões se
não somos um. Ação coletiva, objetivo comum. Discurso ou revólver, não
interessa a opção, sem união é impossível a Revolução!”.
De forma simples, popular e correta, Facção Central
promove a conscientização dos estudantes e trabalhadores, mas, obviamente, não
tem a visibilidade que outros músicos, pois eles não fazem parte do mercado e
mídia da burguesia, pelo contrário, querem derrubá-los, assim como a Ujes, pois
é a única forma de uma vida digna para a maioria, com saúde, transporte,
educação e lazer para todos, sem a repressão do Estado capitalista, pobreza e
preconceitos que ele provoca. Mas para isso, como diz o fim da música, é
preciso a união dos explorados, dos marginalizados, dos que produzem a riqueza,
mas ficam sem ela e da juventude. Somente a unidade e a luta contra os
assassinos burgueses é que nossa vitória será decretada.
Que o Rap continue sua linda saga de mostrar a realidade
às pessoas, assim como o Rock, o Samba, o Funk e afins. Que a alienação pela
música, como é usada pela mídia burguesa, pare urgentemente de afetar a
juventude, o que só ela pode fazer, engajada na luta contra a continuidade das
desigualdades, crimes, preconceitos e injustiças que o capitalismo provoca.
Viva
a cultura popular!
Viva a conscientização que a arte pode proporcionar!
Viva Facção Central!
Viva a conscientização que a arte pode proporcionar!
Viva Facção Central!
Abaixo
o capitalismo!
Francisco
Aviz
Diretor de comunicação da Ujes
Diretor de comunicação da Ujes
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