As lutas sociais ditam a história da
humanidade, mas vivemos hoje um momento especial de ebulição na classe
trabalhadora e estudantil. Vimos isso em todo mundo e nós, secundaristas,
também participamos com afinco nas lutas por nossas conquistas, vide as
jornadas de julho de 2013 e desse ano.
Desde os países mais desenvolvidos até
os mais pobres, os movimentos aparecem. O mais atual ocorre no México, onde os
estudantes universitários se mobilizam, organizam e lutam contra os ataques do
governo conservador do país à educação pública.
Começou quando o Instituto Politécnico
(IPN) resolveu mudar os currículos e o regulamento interno da faculdade contra
a vontade dos estudantes. A organização estudantil dos mexicanos pôs centenas
de milhares nas ruas do país, mesmo com a repressão policial, as manobras do
Estado e as falaciosas declarações dos governantes que dizem estar do lado dos
estudantes, provando que a unidade e organização, além da consciência da
política, são os elementos capazes de arrancar nossos direitos dos exploradores
do governo e dos capitalistas.
Os companheiros mexicanos estão
sofrendo com a criminalização dos movimentos sociais e repressão dos aparatos
do Estado burguês. O governo prende dirigentes, planta crimes e causa brigas
dentro das manifestações, como também sofremos no Brasil, além de censurar e
caçar os marxistas que fazem parte das entidades estudantis.
Faculdades e escolas foram ocupadas
pelos estudantes, que estão em greve até todas as reivindicações serem
conquistadas pelas lutas, mas a extensiva repressão governamental continua e
professores e alunos das escolas de formação da cidade de Guerrero, e de outras cidades, já foram
inclusive massacrados pelas polícias e por narcotraficantes, aliados dos conservadores
do governo mexicano. O CLEP (Centro Livre dos Estudantes do
Politécnico), a principal entidade dirigente dos movimentos, é a mais
perseguida e massacrada pelos meios de comunicação, pelo governo,
narcotraficantes e agentes pagos para tumultuar e afastar a população das
manifestações. Serão lhes sancionados penas criminais, sendo que nada fizeram,
além de lutar por seus direitos. No entanto,
a força contra os estudantes continua a perder, pois mesmo com as adversidades
passadas, os companheiros estão sabendo enfrentar as manobras e crimes do
Estado.
A Ujes se solidariza com os estudantes
mexicanos e dá total apoio às suas lutas!
Sentimo-nos revigorados e inspirados pela força desses estudantes, que com toda
a repressão e riscos individuais, seguem a trilha por educação de qualidade e
para todos.
São de direito os movimentos
estudantis!
Por Educação Pública, Gratuita e Para Todos!
Abaixo à repressão!
Francisco Aviz