"Batalhas não são conquistadas sem tentativas, manifestações são feitas por algo errado na sociedade, o que muitas vezes seja incompetência de administradores públicos, resumindo prefeitos. Estudantes estão indignados com essa manipulação total, uma eleição comprada por duas empresas de ônibus, que há 40 anos permanecem na cidade sem licitação, e que depois pegam no pé de seu eleito. Falta de respeito com os estudantes, que muitas vezes precisam usar o transporte coletivo para estudar, cursos e até mesmo para lazer, e não se importam com isso, esses sanguessugas, acho que deveríamos escolher bem nossos candidatos, e depois reclamar."

Felipe Augusto_E.E.B. Profº João Rocha.

"Não so baderneiro, só não quero que roubem meu dinheiro!" - Essa era uma da frases mais gritadadas pelos estudantes. Ainda assim havia pessoas que olhavam nossa manifestação com maus olhos, ou com má fé. Incrédulos... Acredito que o povo pode mudar sim!"

Julyana Marimon Soveral_E.E.B. Profº João Rocha
Sobre o aumento da tarifa de transporte coletivo, sabíamos e discutíamos nas reuniões do grêmio, lembrando que, se fosse considerado, iria prejudicar os estudantes. Quando levávamos esses debates aos alunos das salas de aula, muitos não tinham consciência sobre o quanto isso iria os atingir, mas estávamos sempre lembrando que vinte e cinco centavos a mais era muito para quem não tem nada, ou que se esforça tanto para ganhar uma “merreca de salário”. Pensamos nos estudantes que dependem do ônibus todos os dias para ir à escola ou seu curso técnico, e também pensamos naqueles cujo os pais utilizam os ônibus para trabalhar. Esses motivos jah eram suficientes para nos incentivar a aceitar o convite para entrar para a “frente de luta pelo transporte coletivo”, onde uma de suas reivindicações era o não ao aumento da tarifa do transporte. Não estávamos a toa cantando: “O Carlito roubo pão na casa do povão!”, pois essa seria a realidade de muitas famílias.Ao passar nas salas de aula para discutir sobre esse assunto, algo realmente sensibilizou os estudantes, e a discussão na nossa escola causou 
grande repercussão: “Uma empresa privada sempre visará fins lucrativos!”.Quando o aumento foi dado, foi meio repentino, pois, após uma reunião que tivemos com Carlito no mês de março ele havia dado sua palavra que esse aumento sairia após 90 dias, tempo onde iríamos organizar uma assembléia, para explicação das planilhas, (onde a prefeitura se baseia para ver se é verídico a necessidade do aumento, nela há explicação das despesas causadas, e que é feita pela própria empresa).É verdade que deveríamos ter ficado apostos para qualquer decisão, mas a galera desmobilizou, esfriou e esperou. Foi nesse momento que o aumento foi concedido.Muitos alunos da nossa escola se indignaram com a situação, e resolveram ir às ruas protestar. Foi onde, junto a centenas de estudantes, nos reunimos em frente à prefeitura para pedir a revogação dessa decisão repentina, de um aumento abusivo, absurdo e explorativo!

O ato de segunda-feira, em frente à prefeitura, revelou a vontade que os estudantes tem para mudar, mostrou a indignação e a força que esse movimento tem.
Primero mostramos gritos de protesto e nossas faixas. Alguns dos representantes do movimento subiram com fim de falar com o prefeito e colocar nossa posição, mas ao descer falaram a nós que não foi o prefeito quem os atendeu e so mostrou o que já sabiamos, que as planilhas não eram fiscalizadas, e que eles se basiavam nela para ceder ou não o aumento.
Nossas manifestações não iriam parar...
Houve até tentavivas de repressão ao movimento, mas não nos intimidou.
Lutamos pelo que queremos, lutamos até o fim...


A partir de segunda, o bilhete comprado antecipadamente sobe de R$ 2,05 para R$ 2,30


Cerca de 300 estudantes da Escola de Educação Básica Presidente Médici, no bairro Boa Vista, protestaram na manhã desta sexta-feira contra o aumento de 12,2% nas tarifas do transporte coletivo. Estudantes do ensino médio paralisaram os estudos e se aglomeraram no pátio do colégio, onde representantes do Grêmio Estudantil e da Frente de Luta pelo Transporte Público coordenaram a ação.
Johannes Halter, estudante de 17 anos, é presidente do Grêmio Estudantil do colégio há cerca de 6 meses. Para ele, somente com manifestações organizadas e a convocação dos estudantes, é possível conscientizar a população sobre os aumentos injustos. “Os políticos não vêem pessoas. Eles vêem votos. Então que sintam a pressão dos estudantes eleitores”, desafia.
João Diego Leite, 21 anos é acadêmico de jornalismo, estava representando a Frente pela Luta pelo Transporte Público. Ele conta que o movimento existe há vários anos, mas que em 2003 tomou força com os constantes aumentos na passagem. “Esperamos chamar a atenção das pessoas para que elas se integrem ao movimento, que é legítimo e tem autonomia própria para parar as escolas”.

Mais manifestações pipocam pela cidade Ainda na manhã desta sexta-feira, outra manifestação aconteceu em frente ao Colégio Estadual Paulo de Medeiros, no Adhemar Garcia. Ali, um grupo de pouco mais de 20 estudantes, com gritos de ordem convocaram os alunos que estavam nas salas para comparecerem ao ato programado para a próxima segunda feira em frente à prefeitura.
A estudante Mayara Inês Colzani, de 16 anos, apesar da aparência franzina era quem comandava o grupo. Ela conta que faz parte do movimento estudantil desde os 13 anos e agora é a presidente do Grêmio Estudantil do colégio. Mayara argumenta que “os pais pagam bancam os custos dos filhos e isso não é justo com eles. Com isso, outros estudantes trabalham para pagar seu transporte”.
Apesar da movimentação, a diretora do colégio não liberou a saída dos alunos e criticou o movimento. “Não é um grêmio atuante. E agora querem se manifestar.” Ela não descartou a possibilidade de chamar a polícia, caso estudantes menores de idade pulem o portão para se juntar aos manifestantes.
A estudante Mayara rebateu as críticas: “Esta é uma demonstração de atuação do nosso grêmio. Os alunos precisam de nós!” finaliza.
Moradora das imediações da escola, dona Maria Conceição de Oliveira acompanhava a movimentação dos estudantes e opinou que eles estão certos. “Têm que se manifestar. Meus filhos também pagam ônibus e se não fizerem nada o que vai ser de nós?”.


postado por Redação Gazeta de Joinville às 09:44 em 15/05/2009


Prefeito Carlito Merss assinou ontem (terça-feira) decreto que reajusta passagens para R$ 2,30 e R$ 2,70 em JoinvilleO joinvilense que depende do ônibus terá de desembolsar mais pela passagem. O aumento de 12,2% foi autorizado ontem pelo prefeito Carlito Merss (PT), que não falou sobre o assunto. O bilhete comprado antecipadamente sobe de R$ 2,05 para R$ 2,30.A passagem vendida no ônibus passa de R$ 2,50 para R$ 2,70. O aumento vale a partir da zero hora de segunda-feira.Pelo menos 120 dias se passaram desde que Gidion e Transtusa entregaram o pedido de reajuste. Inicialmente, queriam 17%, mas recuaram. Concordaram com 12,2% e levaram o que pediram.Na justificativa para o índice de reajuste, decidido em reunião na segunda-feira e oficializado ontem, estão a “necessidade de manter o equilíbrio econômico e financeiro dos serviços”.O discurso deve ser repetido hoje pelo diretor-presidente do Ippuj, Luiz Alberto de Souza, escolhido para se manifestar em nome da Prefeitura. Ontem, ninguém da administração municipal comentou o assunto – somente uma nota foi colocada no site.Na tentativa de reverter o desgaste pelo reajuste, a Prefeitura anunciou ontem, também, a regulamentação do passe livre aos 60 anos – interpretado como compensação ao aumento da tarifa.O problema é que a gratuidade, hoje válida só para quem tem 65 anos, pode acabar na Justiça. Gidion e Transtusa vão monitorar o impacto da gratuidade antes de discutir qualquer compensação com a administração municipal.“Sem tentativa prévia de entendimento, não vamos tomar qualquer atitude”, diz o empresário Moacir Bogo, da Gidion. O que pode ocorrer é uma ação do Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Santa Catarina.