As entidades e movimentos sociais abaixo assinados informam à população de Joinville que o COMITÊ DE LUTA DO TRANSPORTE COLETIVO está articulado contra o aumento da tarifa da passagem de ônibus em Joinville.


Novamente as empresas concessionárias, GIDION e TRANSTUSA, estão pressionando a Prefeitura para que a passagem do coletivo urbano seja reajustada. As empresas querem reajustar a tarifa antecipada de R$ 2,30 para R$ 2,60. É claro que os trabalhadores e estudantes não concordam com um aumento desse porte, pois seus salários não suportarão essa despesa.


Isso significa que quem ganha um salário mínimo e utiliza dois passes por dia arcará com uma despesa de R$ 104,00, se utilizar quatro passes a despesa é de R$ 208,00, com base em 20 dias de uso. O comprometimento do orçamento, nesse exemplo, será de quase 20% ou mais de 40% do salário mínimo, no segundo caso.


Entendemos que isso é inaceitável pois, além de se tratar de uma concessão pública de transporte de mais de quarenta anos e inúmeras prorrogações ilegais que estão sendo contestadas na Justiça, traz um ônus insuportável para os trabalhadores e estudantes, usuários do transporte coletivo.


É preciso respeitar os interesses de milhares de pessoas dessa cidade. Por isso temos o dever de chamar a responsabilidade do Poder Público para que atenda as reivindicações da população usuária de um serviço público essencial como é o caso do transporte coletivo.


O COMITÊ DE LUTA vai combater qualquer aumento na tarifa e queremos obter o compromisso do Prefeito de Joinville para não conceder nenhum aumento de tarifa nesse momento, possibilitar o debate com a população sobre o modelo de gestão mais apropriado para a cidade e com a abertura de licitação para a concessão do serviço de transporte coletivo, medida que é aguardada há muitos anos por todos nós como um passo intermediário para que o Município de Joinville passe a explorar diretamente este serviço público.


As empresas de ônibus dizem que precisam de reajuste porque as despesas aumentam, mas esquecem que reduzem linhas, cortaram o pega-fácil e o passe livre para idosos de 60 a 64 anos, negam o passe livre para estudantes, os ônibus transitam superlotados, não investiram em melhorias ou aumento da frota no último período, não oferecem condições adequadas para os portadores de deficiência e priorizam apenas o lucro. É preciso lembrar que o transporte público e de qualidade é um direito constitucional e não pode servir para exploração, mas para oferecer segurança e qualidade de vida às pessoas que o utilizam.


O COMITÊ DE LUTA está enviando um pedido formal ao Prefeito Carlito Merss para que não conceda nenhum reajuste e inicie o processo de licitação imediatamente. As mesmas empresas exploram o transporte urbano há mais de quarenta anos e não se vê melhorias, pelo contrário, apenas dificuldades e o desrespeito ao direito da coletividade. A legislação diz que é ilegal e ilegítima a exploração de operação do serviço público de transporte coletivo de passageiros, por empresas particulares, sem a realização de prévia licitação.
Está na hora da população de Joinville ser atendida e o transporte coletivo deixar de ser um problema. Participe do COMITÊ DE LUTA. 


Maiores informações:             47-3025-3447       – Centro dos Direitos Humanos de Joinville


Entidades que assinam o Manifesto:


APRASC 
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES CHICO MENDES
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO ADHEMAR GARCIA
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO JARDIM FRANCINE
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO PANAGUAMIRIM 
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO SANTA BÁRBARA
CENTRO ACADEMICO DE DIREITO DA UNIVILLE
CDH - CENTRO DOS DIREITOS HUMANOS DE JOINVILLE
CONDESAG - CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL DO ADHEMAR GARCIA
ESQUERDA MARXISTA DO PT
FETRAESC FEDERAÇAO TRABALHADORES DO ENSINO PRIVADO
GRÊMIO DO JURACY
GRÊMIO DO PRESIDENTE MÉDICI
GRÊMIO ESTUDANTIL TUFI DIPPE 
GRÊMIO JOÃO ROCHA 
GRÊMIO PAULO MEDEIROS
JUVENTUDE MARXISTA
MANDATO VEREADOR ADILSON MARIANO
PASTORAL DA JUVENTUDE
SINDICATO DA SAÚDE
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE JOINVILLE
SINDICATO DOS PLÁSTICOS DE JOINVILLE
SINDICATO DOS DE JOINVILLE E REGIÃO
SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS/ NORTE E NORDESTE SC
SINDICATO DA SAÚDE EM ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS DE JOINVILLE 
SINDICATO DO VESTUÁRIO DE JOINVILLE
SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE JOINVILLE
SINDITEX - SINDICATO FIAÇÃO ETECELAGEM DE JOINVILLE
SINPRONORTE
SINSEJ
SINTE
SINTRAFAJO/SC - SINDICATO DOS TRABALHADORES DA ALIMENTAÇÃO DE JOINVILLE 
SITICOM - SINDICATO DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE JOINVILLE
UNIÃO JOINVILENSE DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS (UJES)

Faz 30 anos que foi morto John Lennon. Por ficar contra a Guerra do Vietnã, por sua oposição ao Governo Nixon e seu apoio aos Panteras Negras, John quase foi deportado dos EUA. Há quem diga que seu assassinato por um fã obcecado tenha sido obra da CIA.
O ex-Beatle, que chegou a ser investigado pelo FBI, classificou sua canção de maior sucesso, 'Imagine', como 'Anti-religião, anti-convencional, anti-nacionalista e anti-capitalista'. Publicamos aqui um artigo de um camarada inglês, Steve Jones, escrito por ocasião dos 25 anos do assassinato de John Lennon, em 8 de Dezembro de 2005.


O 25º aniversário da morte do ex-Beatle, John Lennon, em Nova York em 8 de dezembro de 1980, após levar tiros de um fã perturbado, sem dúvida será marcado com interesse e atenção da mídia por muita gente ao redor do mundo. A manifestação pública de luto e pesar pela morte de uma estrela de rock, só foi igualada – e estamos falando de dentro dos EUA – pela de Elvis Presley (1977) e Jerry Garcia (1995) e em menor grau, Bob Marley e Kurt Cobain.

Muitos outras estrelas do rock e do pop têm dado seu último suspiro ao longo dos anos, alguns sem que ninguém realmente perceba. A semelhança entre estes que mencionamos aqui foi o fato de todos terem tido uma morte prematura e que eram vistos como, de uma forma ou de outra, ícones, cujas vidas tocaram um acorde nas pessoas.

Como um ex-Beatle, a morte de Lennon nunca iria passar desapercebida, mesmo se ele tivesse morrido na terceira idade de causas naturais, mas o efeito que sua morte teve sobre as pessoas - e ainda hoje tem - não pode ser atribuído simplesmente à sua fama. Também não pode ser explicado pelo sucesso de sua carreira solo - porque em comparação com muitos outros, não foi tão bem-sucedida.

Seus primeiros álbuns solo foram em grande parte experimentais e só chegaram a um mercado limitado. Depois, álbuns como "Imagine" e "Mind Games" foram mais vendidos, mas provavelmente hoje não estão em coleções de muitas pessoas. Ele teve algum sucesso com os compactos, mas, novamente, apenas uma canção permaneceu em circulação até hoje - Imagine. Depois de 1975 ele não lançou nenhuma gravação e nem fez show algum, saindo completamente de cena até pouco antes de sua morte, quando ele lançou com sucesso moderado o álbum "Double Fantasy".

Assim, em muitos aspectos, era mais pelo homem do que pela música que as pessoas estavam lamentando. Como um Beatle, John Lennon era visto como sendo o rebelde cujas canções revelavam uma profundidade escondida contra o feliz e comercial (Paul), o insolente e individualista (Ringo) ou o místico maluco (George). Ele também seria o primeiro Beatle a assumir claramente as causas sociais e políticas.

Após o início de seu relacionamento com a artista Yoko Ono em 1968, ele começou uma campanha contra a guerra – “Bed in!” (na cama) – e lançou o hino "Give Peace a Chance" (Dê uma chance à paz). Mais tarde canções que tratavam do racismo, do Vietnã, dos direitos das mulheres e da Irlanda do Norte. Ele era conhecido por apoiar financeiramente causas de esquerda e, como resultado, conseguiu uma ficha um tanto quanto grande no FBI e teve problemas para obter uma licença de trabalho nos EUA.

Depois de sua ruptura com o alcoolismo e com o abuso de drogas, ele também tratou da questão da violência doméstica e do efeito provocado pela bebida nas relações pessoais. Muitas de suas canções a esse respeito estavam profundamente dedicadas a extrair seus demônios interiores, alguns dos quais o levaram de volta à sua infância caótica. Sua vontade de dar uma formação estável a seus filhos o levou diretamente ao período de reclusão do final dos anos 70 quando ele buscou se tornar um “dono de casa”.

No entanto, mesmo nesse retiro, nessa aposentadoria, ele permaneceu um forte ativista pela paz e pela justiça social. Ele teve alguns problemas em em relação a isso por sua enorme fortuna, que ele discutiu em entrevista à revista Playboy:
PLAYBOY: A propósito de sua fortuna pessoal, o New York Post disse recentemente que você teria admitido ser mais de US$ 150 milhões (1980) e...

LENNON: Nunca admiti nada.

PLAYBOY: O Post disse que você admitiu.

LENNON: O que diz o Post? - OK, então nós somos ricos, e daí?

PLAYBOY: A pergunta é: Como isso se adequa à sua filosofia política? Você é supostamente socialista, não é?

LENNON: Na Inglaterra, há apenas duas coisas para ser, basicamente: Ou você apóia o movimento dos trabalhadores, ou o dos capitalistas. Ou você se torna um Archie Bunker de direita se você estiver na classe em que eu estou, ou você se torna um socialista instintivo, que eu era. Isso significava que eu acho que as pessoas deveria ter direito a dentadura, serviço de saúde pelo resto da vida. Mas tirando isso, eu trabalhei por dinheiro e eu queria ser rico. Então oras - se isso é um paradoxo, então eu sou um socialista. Mas eu não sou nada. Eu costumava me sentir culpado pelo dinheiro. É por isso que eu o perdi, seja por doá-lo ou me deixando ser prejudicado por ditos empresários.
Esse dilema à parte, a reputação de Lennon, como um idealista cujos pontos de vista como um militante por uma sociedade melhor, permanece intocada mesmo após décadas de cínicas "reavaliações".

Todo ano, nesta época, sua canção de maior sucesso comercial 'Imagine' fica tocando sem parar no rádio. Mas não é simplesmente uma bela canção de Natal cheia de chavões sem sentido, mas sim expressa uma visão de mundo que muitos de nós estaríamos de acordo:
Imagine que não haja posses
Gostaria de saber se você consegue
Nenhuma necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo...
No momento em que o mundo do rock e do pop parecia estar obcecado em ganhar dinheiro e diversão e não dar a mínima para o resto, e o mundo político estava prestes a ser dominado pelo reacionarismo da dupla Thatcher e Reagan, Lennon foi visto como um ponto de resistência contra essa falta de humanidade. Sua mensagem era a de unidade, paz e um futuro melhor para todos - uma mensagem a que, principalmente, muitos jovens, responderam em 1980 e ainda 25 anos depois:
Você pode dizer que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que algum dia você se junte a nós
E o mundo viverá como um só

É uma mensagem que exige de nós mobilizar a juventude e os trabalhadores do mundo para derrotar o imperialismo e o capitalismo e construir um futuro socialista que fará dessa letra uma realidade.

Londres, Steve Jones 

“A prefeitura está sendo pressionada novamente pelas empresas Transtusa e Gidion para conceder aumento da tarifa de transporte público aos usuários. O custo da passagem passaria de R$2,30 R$ para R$2,60.”

Para os estudantes o aumento é inaceitável. Ano a ano o preço da tarifa aumenta e impacta no orçamento de muitas famílias joinvilenses. Os estudantes que moram longe da escola gastam em 20 dias de aula R$92,00, com o aumento para R$2,60 gastariam R$104,00. Os estudantes não têm dinheiro para arcar com estas despesas. O aumento da tarifa de ônibus prejudicaria a condição de acesso do jovem à escola, é um ataque ao direito de livre acesso à educação, uma vez que não existe uma política de transporte gratuito para os estudantes.

Não só o acesso á escola é prejudicado, como também para toda a população o direito de se deslocar pela cidade em busca de emprego, para ir ao cinema, ao teatro.

A Ujes, como sindicato dos estudantes, tem que se posicionar contra qualquer tipo de aumento da tarifa de transporte coletivo. A Ujes está disposta a se organizar com todos os segmentos da classe trabalhadora joinvilense para lutar contra o aumento.

O prefeito municipal, como representante dos trabalhadores, tem que negar o aumento da tarifa do transporte coletivo e discutir com a população qual deve ser o modelo de transporte público para Joinville.

A Ujes está disposta a apoiá-lo nessa decisão. Caso o aumento seja concedido, a Ujes agirá de acordo com o seu dever enquanto sindicato de estudantes: mobilizar contra o aumento!



A União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas e estudantes das escolas João Colin e Conselheiro Mafra  estiveram na Câmara de Vereadores de Jonville para fazer uso da palavra livre junto ao SINTE para denunciar a questão do fechamento de turnos em várias escolas de Joinville. Os estudantes expuseram a questão do fechamento dos turnos e explicaram aos vereadores o quanto saíriam prejudicados pela decisão da Gerencia de Educação. "É uma injustiça para com os estudantes, o governo deveria abrir vagas e não fechar, dessa maneira temos que lidar com as salas superlotadas" disse Iago Paqui, Presidente da Ujes, " As matriculas foram abertas fora da temporada e muitos estudantes não tiveram a oportunidade de se matricular" disse Clarice, Coordenadora do SINTE. Quinta Feira os estudantes vão voltar a Câmara ás 15h para participar da reunião da comissão de educação, onde espera-se a presença da Secretária regional de educação.