Não se assuste com o título deste post. Sim, a intenção dele (do título, não do post) é hiperbólica em relação ao assunto que aqui trato. Que são, naturalmente, rifas. Mas não necessariamente obrigatórias como o título indica, por mais que, indiretamente, possam ser. Continue lendo para entender.

Nossa escola recebe com relativa frequência visitas de “escolas profissionalizantes”, entidades que cobram por cursos, de informática, idiomas ou secretariado, por exemplo. Escolas essas que visam “instruir os alunos a estudar em suas entidades”, ou seja, fazer propaganda. Mas isso claro, não ocorre exatamente “de graça”.

As três últimas “escolas profissionalizantes” a anunciar em nossa escola tiveram que dar “brindes” à ela. Os quais foram um micro-ondas (maldita reforma ortográfica!), um DVD player e um MP4 Player. O micro-ondas e, principalmente, o DVD Player poderiam ser bastante úteis para uso da própria escola. O MP4 Player nem tanto. Não obstante, todos os “brindes” tiveram (ou melhor, ao momento da publicação deste post, ainda terão) o mesmo destino. Sorteio, através de uma rifa.

Não cabe discutir aqui a finalidade dos produtos que a escola “ganhou”. O vedadeiro problema não é esse. E é aí que chegamos ao real assunto deste post: a forma como o sorteio, ou melhor, a venda de números para tal, é feita.

É por uma rifa (acho que isto já estava claro, mas não vejo problema em reforçar). A qual seria uma rifa comum, não fosse um mero detalhe: Fora entregue, ao menos em minha sala, para todos os alunos presentes naquele momento. Sem qualquer pergunta do tipo “Você vende?” a cada aluno. Simplesmente chamando-os e entregando uma cartela, numerada conforme a chamada. Isso não seria um problema não fosse o fato que existem pessoas que não vendemrifas. Eu incluso.

Em outra sala, encotrei relatos de supostas, digamos, “chantagens” para com os poucos alunos que resistiram à rifa. Coisas como “Não vende, não poderá usar o telefone da escola caso necessário”, e afins.

E tudo isso é um absurdo. Afinal, já entrando em uma questão um pouco mais complexa, existem impostos, pagos por nós e/ou nossos pais, os quais servem para, dentre outras coisas, a manutenção de escolas públicas. Se o Governo não os repassa corretamente à nossa escola, o que deveríamos fazer é pressioná-lo, não tentar arrecadar dinheiro por conta própria. Por outro lado, é um tanto complicado fazer esse tipo de pressão e, principalmente, ser ouvido, de forma que muitos podem achar que arrecadações através de rifas acabe sendo a única opção. Única opção essa que acaba por afastar mais ainda o Governo, de qualquer forma.

Mas o problema não está na rifa propriamente dita (que isso fique bem claro). O problema é mais embaixo, está na forma como a rifa é vendida.

Existem pessoas que não vêem problemas em colaborar com a escola vendendo e/ou comprando números. Mas é importante saber que estas não são todas as pessoas. E isso é diferente do que a Direção da escola aparentemente pensa, que todos compram e vendem rifas. Ao perceber que não é bem assim, acabou tendo que “chantagear”. E isso não é certo, evidentemente, por, pelo menos, os motivos já citados.

E a indução da rifa traz ainda diversos outros problemas, especialmente frutos de más intenções:

Primeiro, é quase perfeitamente possível alguém vender a rifa e não entregá-la acusando perda. Mas este é um problema conhecido, e, ao que parece, alunos que “perderem” suas cartelas têm de pagá-la, comprando seus números. Evita prejuízo à escola, mas não aos verdadeiros compradores, caso existam (e existe esta possibilidade).

Segundo, e mais grave, muito mais grave: as cartelas, tais como foram feitas, são reproduzíveis. É muito fácil para qualquer um com conhecimentos em edição de imagens (com medição de tamanho em DPI), um scanner e uma impressora decentes, folhas A4 comuns (e um bocado de falta de caráter, é verdade), produzir cópias da própria cartela, alterar a numeração e vendê-las, deixando a original, possivelmente, em branco.

Tudo isto mostra que rifas devem, além de ser oferecidas para venda apenas aos realmente interessados (e não à todos), ter uso de, pelo menos, papel diferenciado em suas cartelas. O que não ocorre em nenhuma das rifas que nunca vendi.


Por Luis Alfredo da Silva, diretor vespertino do Grêmio Estudantil J.R.


Fonte: Grêmio Estudantil João Rocha


A Prefeitura de Joinville anunciou nesta manhã que Joinville não terá reajuste de ônibus em 2010. A decisão já foi comunicada aos empresários. As duas empresas queriam que passagem subisse de R$ 2,30 para R$ 2,65.


Em determinado momento da negociação, foi aventada a possibilidade da oferta de R$ 2,55. No entanto, Carlito desistiu de conceder qualquer aumento. Mais informações sobre a negativa do aumento ao longo do dia no AN.com. A cobertura completa na edição de amanhã de AN.


Fonte: A Notícia


mais informações: Grêmio J.R.


Fonte: IPS Univali

Nós, entidades e movimentos sociais reunidos e abaixo assinados, informamos à população de Joinville que está formado o COMITÊ DE LUTA DO TRANSPORTE COLETIVO que se encontra em estado de mobilização permanente contra o aumento da tarifa da passagem de ônibus, do monopólio da concessão pública e por um transporte coletivo de qualidade.

Está sendo discutida a possibilidade de ser concedido novo aumento da tarifa do transporte coletivo pela Prefeitura Municipal, dos atuais R$ 2,30 para R$ 2,65. Entendemos que isso é inaceitável, pois, além de se tratar de uma concessão pública de mais de 40 anos e inúmeras prorrogações ilegais que estão sendo contestadas na Justiça, traz um ônus insuportável para os trabalhadores e estudantes, usuários do transporte que não obtiveram esse percentual de reajuste em seus salários.

O COMITÊ DE LUTA, através de seus integrantes, representa os interesses de milhares de pessoas, trabalhadores, trabalhadoras e da juventude dessa cidade. Por isso temos o dever de chamar a responsabilidade do Poder Público para que atenda as reivindicações dessa parcela da população usuária de um serviço público essencial como é o caso do transporte coletivo.

O COMITÊ DE LUTA vai combater qualquer aumento na tarifa e queremos avançar promovendo um seminário com técnicos e especialistas na área para debater os problemas do transporte coletivo de Joinville e o modelo de gestão que queremos.

As planilhas apresentadas para justificar os aumentos são insuficientes e desprovidas do controle social, de mecanismos eficazes de fiscalização, assim não é possível confiar nos dados apresentados pelas empresas concessionárias.

Está sendo solicitada audiência com o Prefeito, com a máxima urgência, para que o COMITÊ DE LUTA apresente suas reivindicações, dentre elas a garantia de não ser concedido nenhum aumento de tarifa imediato e o apoio para a realização de um seminário sobre transporte coletivo em Joinville que discuta amplamente o assunto.

Novas entidades estão sendo convidadas e aderindo ao COMITÊ DE LUTA que se encontra em estado de mobilização permanente para barrar o aumento da tarifa. Você também é convidado a se mobilizar, participe conosco.

APRASC - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO ADHEMAR GARCIA - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO PANAGUAMIRIM - CENTRO DOS DIREITOS HUMANOS DE JOINVILLE (CDH) - ESQUERDA MARXISTA DO PT - ESQUERDA SOCIALISTA DO PT - GRÊMIO DO JURACY - GRÊMIO DO PRESIDENTE MÉDICI - GRÊMIO ESTUDANTIL TUFI DIPPE - GRÊMIO JOÃO ROCHA - GRÊMIO PAULO MEDEIROS - JUVENTUDE REVOLUÇÃO (JR) - MANDATO VEREADOR ADILSON MARIANO - SINDICATO DA SAÚDE - SINSEJ/ DIREÇÃO ELEITA - UNIÃO JOINVILENSE DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS (UJES)


Maiores informações: 47-3025-3447 – Centro dos Direitos Humanos de Joinville


O que é o chamado "darwinismo social" e como se aplica nos EUA


América - a terra das oportunidades - assim diz o ditado. Mas esta é uma frase tão superficial, quando você olha para ela mais a fundo, bem no coração e no núcleo do futuro da classe trabalhadora dos EUA, que é a educação de jovens e, quando vemos que a suposta "igualdade" não está nem perto de ser igual. Na verdade, parece que a educação americana está mais baseada em manter as pessoas pobres e ignorantes para manter um fornecimento estável de trabalho barato e não qualificado para trabalhar os poucos empregos que estão disponíveis, do que, efetivamente, proporcionar uma educação real.

Darwinistas sociais argumentam que a razão pela qual as pessoas são pobres é porque eles são geneticamente mais burros e mais fracos do que os ricos. Mas eles não conseguem ver as contradições que se encontram no seu próprio argumento. Alguém que nasceu em uma família pobre vai ter que trabalhar de forma exponencialmente maior do que alguém nascido de uma família rica para ganhar a mesma quantidade de riqueza, para não mencionar que o pobre não terá a mesma quantidade de recursos para começar como uma criança da alta classe.

Independentemente da composição genética, os ricos têm as cartas empilhadas em seu favor. Atualmente, a educação americana é baseada em "No Child Left Behind Act” (Lei chamada: Ato de não deixar crianças para trás), que premia as escolas que funcionam bem em testes com mais financiamento federal. Isto significa que as escolas que já estão mal, acabem caindo ainda mais, acabando com ainda menos financiamento. “No Child Left Behind Act” está ferindo pobres americanos, ao recompensar os ricos americanos. Ela “cai como uma luva” para o funcionamento do capitalismo funciona como.

Como o financiamento de muitas escolas é derivado de impostos sobre a propriedade em cada distrito, os ricos que habitam casas mais caras pagam mais impostos, e em troca recebem uma educação melhor. E os pobres que residem em casas de baixa qualidade, e que muitas vezes não possuem os seus próprios suas casas acabam indo para as escolas de qualidade inferior. Como resultado, eles terão, inevitavelmente, uma qualidade inferior de experiência vida.

”No Child Left Behind Act” também assume uma abordagem darwinista social para as escolas privadas. Os estudantes que trabalham arduamente na escola pública, mas são pobres, podem ganhar bolsas para ir para uma escola particular. No início isto pode parecer positivo, porque é alguém que trabalha duro e é premiado. Mas numa segunda olhada, percebemos que eles estão levando os estudantes que possuem alta pontuação em testes padronizados de suas escolas, tornando a escola com baixas notas nos testes, em média, mais baixos do que antes. É um ciclo vicioso. Isso está condenando a nossa juventude nos bairros pobres!

Darwinistas sociais são quase sempre ricos e é fácil dizer "se você trabalhar duro você será recompensado", quando nunca tiveram que trabalhar duro para conseguir alguma coisa. Por exemplo, os ricos são capazes de pagar professores e pesquisadores particulares, enquanto os pobres não podem pagar sequer os computadores que tornaria mais fácil a pesquisa. Em teoria, todos deveriam pelo menos, começar numa base de igualdade para então prosseguir a sua própria chance de o "sonho americano", mas, infelizmente, o sonho americano é um mito.

Imagine uma escada, e cada degrau da escada é uma classe social. Digamos que o filho de uma família rica nasce três degraus até o topo da escada, e durante toda a viagem até ele tem sua família empurrando-o até que ele alcança o topo, tornando assim mais fácil. E agora, imagine um filho de uma família pobre, que nasce na parte inferior da escada. E adivinhem? Os degraus acima dele são velhos e em ruínas e ele tem sempre o medo de alguém esfaqueá-lo enquanto ele está subindo e o cara na borda do seu degrau sempre quer levá-lo alto. Quem você acha que terá mais dificuldade em chegar ao topo?

A linha inferior é que se você nasceu na riqueza é mais propenso a morrer com a riqueza, e se você nasceu na pobreza, está quase certo que você morrerá na pobreza. A solução é complicada, mas para começar, temos necessidade de financiar as escolas públicas maciçamente e fundamentalmente mudar a forma como a escola é pensada. Temos que acabar com o financiamento público de privatização da educação e no fim do financiamento privado da faculdade que só os ricos podem pagar sem tirar dívidas maciças e que podem levar décadas para pagar. A qualidade da educação não é uma mercadoria a ser comprada e vendida. Deve estar disponível gratuitamente para todos, independentemente da renda.



Categoria reivindica reajustes salariais e condições materiais concretas para a realização de seu trabalho.

Diversas mobilizações de servidores públicos sacodem o país. O Estado precisa cortar gastos, já que bilhões foram dados para a iniciativa privada sobreviver no meio da crise econômica. Esses cortes significam menos dinheiro público para a saúde, educação, cultura, moradia, menos dinheiro para atender as necessidades do povo.

Os trabalhadores do setor público têm enfrentado duras batalhas para arrancar reajustes salariais. Entre os professores, mobilizações em todo o país têm sido feitas. Publicamos aqui dois artigos, um que trata da paralisação de 16 de março em Pernambuco, escrito pelo camarada Josenildo, o segundo artigo é um balanço da greve dos professores da rede estadual de SP, escrito pelo camarada Alex.


EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA PAROU EM PERNAMBUCO

Superando o corporativismo das entidades sindicais que representa os profissionais do magistério em Pernambuco, a partir de uma proposta apresentada pela direção do SINDUPROM/PE, no entendimento que a nossa luta é nacional para assegurar na íntegra o cumprimento da Lei nº 11.738/08, que criou o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), em reunião do Setorial da Educação da CUT/PE, foi tirada a proposta de paralisação de todos os profissionais da educação no estado e em todos os municípios, no dia 16/03/2010, com uma concentração em frente à Câmara Municipal de Recife. Incorporaram-se à concentração os trabalhadores em educação ligados ao SINTEPE, da rede estadual.

Sob a coordenação geral sob a responsabilidade da CUT/PE, a partir da chegada das caravanas dos professores de todo o estado, representando a base do SINTEPE (professores do estado), SINDUPROM/PE (representando professores de 43 municípios), SINPROJA (Professores de Jaboatão dos Guararapes), SINPC (Professores do Cabo), SINPMOL (professores de Olinda) e SINPREMO (professores de Moreno), SIMPERE (professores do Recife), além de sindicatos de servidores municipais, todos seguiram em marcha pelo centro do Recife/PE com o objetivo de arrancar uma reunião com os representantes do Governo do Estado, UNDIME e AMUPE (Associação Municipalista), para repassar as reivindicações da categoria e o descontentamento com a falta de implantação da Lei do Piso e da Carreira do Magistério.

Com as direções sindicais adaptadas as políticas de destruição da educação pública e dos direitos dos profissionais do magistério, o SINDUPROM/PE cobrou da CUT e da CNTE a responsabilidade inadiável na defesa da GREVE GERAL NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA como única saída para a categoria, a fim de assegurar o cumprimento na íntegra da Lei do Piso.

Toda a grande Recife parou no dia16 de Março passado! Mostramos força e capacidade de Luta. Ao chegarmos ao Palácio do Campo das Princesas, nos agrupamos e lá não estavam nem o governador, nem a UNDIME e muito menos a AMUPE para nos receber. Na verdade não houve empenho por parte da maioria das direções da CUT e da CNTE em amarrar esta audiência, como também não houve empenho em elaborar um panfleto único para ser distribuído aos recifenses, nem mesmo se construiu uma agenda ou pauta comum de reivindicações a ser entregue ao governo.

Claro que as direções demonstram, mais uma vez, que estão adaptadas ao governo Lula e que precisam de um “sacolejo” para cumprirem com suas responsabilidades históricas. Paramos a rede estadual de ensino, toda a Região Metropolitana do Recife e quase os 170 municípios pernambucanos restantes, prova inconteste da vontade e combatividade da categoria.

O movimento sindical, a partir da CNTE e dos sindicatos dos trabalhadores em educação, não podem se render a política dos aparatos, nem tão pouco, servir de correia de transmissão dos governos ou de qualquer partido no cumprimento de suas responsabilidades como organizações de luta, como defensores intransigentes dos direitos e das conquistas da categoria. A direção da CNTE não pode furtar-se à sua responsabilidade como representante de mais de setenta sindicatos de educação, com mais de dois milhões de trabalhadores na base. É chegada a hora de se discutir em todas as instancias para construir a GREVE GERAL NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA para impor o cumprimento da íntegra da lei do Piso e assegurar uma Carreira que realmente valorize todos os profissionais do magistério Público.

PELO CUMPRIMENTO NA ÍNTEGRA DA LEI DO PISO A CNTE DEVE PARAR O BRASIL!


UM BALANÇO DA GREVE DOS PROFESSORES DE SP


Os professores do Estado de São Paulo decidiram em assembleia, no dia 8 de abril, suspender a greve que completava um mês, massivas mobilizações tomaram as ruas da cidade de SP nesse período e, nas escolas, uma significativa adesão da categoria à paralisação.


Essa greve, que não arrancou nenhuma das reivindicações pautadas, desmascara o caráter autoritário e intransigente do governo do PSDB. Seja pelas mãos de José Serra, que se licenciou em 31/03 do cargo de governador para concorrer nas eleições presidenciais, seja pelas mãos de seu vice, Alberto Goldman. Ambos muito bem acompanhados pelo Secretário da Educação, ou inimigo da educação, Paulo Renato Souza.


Nas últimas mobilizações a categoria pôde sentir toda a truculência da burguesia quando os trabalhadores se colocam em movimento, forte repressão às manifestações, pressões administrativas para finalizar a greve e a ação conjunta com a imprensa para caluniar os professores.


Na batalha que ocorreu nas imediações do palácio do governo em 26 de março, quando a tropa de choque utilizou contra os professores bombas, gás e balas de borracha, foi flagrada a infiltração de policiais a paisana entre os manifestantes. Uma foto do jornal O Estado de SP noticiava em um dia que um manifestante estaria socorrendo uma policial ferida, no outro dia o jornal explicava que, na verdade, aquele que carregava a policial era outro policial disfarçado de professor, com barba e mochila nas costas.


A Apeoesp (sindicato da categoria) deveria ter organizado desde o início um fundo de greve, pois após um mês de paralisação, o desconto que os professores teriam no salário foi um forte fator de pressão para o retorno à sala de aula. Na assembleia que decidiu a suspensão da greve, o grau de adesão já estava bastante baixo. A greve é um importante instrumento de pressão, mas se não existe uma sustentação desde a base torna-se infrutífera. O ideal seria a continuidade da paralisação até a conquista das reivindicações, mas devemos sempre estar atentos à realidade concreta e avaliar as melhores táticas a partir disso. A greve tornou-se insustentável, mas é bom lembrar que a falta de habilidade e firmeza da direção do sindicato foram peças fundamentais para que os professores não conseguissem manter a mobilização até a conquista de vitórias.


Muitas lições podem ser tiradas dessa greve: o papel da imprensa a serviço da burguesia, a violência da polícia contra os trabalhadores que se movimentam, a intransigência de um governo burguês, a importância de uma direção sindical que não vacile. As lições dessa luta certamente ficarão gravadas na memória dos que se envolveram, serão ensinamentos essenciais para as futuras vitórias dos professores. Nova assembleia foi marcada para o dia 7 de maio.



A Ujes(União Joinvilense de Estudantes Secundaristas) lança projeto em escolas de Joinville. Chamado “Ujes nas Escolas” ele tem como objetivo propagandear a luta dos estudantes por seus direitos e mostrar a importância da organização estudantil.


Maico Paixão, presidente da entidade diz: “A idéia surgiu da necessidade que cada jovem tem de lutar por suas reivindicações, que vai do giz do quadro da sala para as bibliotecas precarizadas para educação pública gratuita e de qualidade para todos”.


No dia 17/03 a Ujes esteve presente na Escola de Educação Básica Dr. Tufi Dippe, onde reuniu grande quantidade de estudantes. Discutiu-se a importância de os estudantes organizarem-se e foi aprovado estatuto para o grêmio estudantil da escola.


Neste mês de abril outras escolas serão visitadas pela entidade. Paixão também diz: “esta iniciativa fortalece não só as entidades estudantis, mas também outros movimentos sociais, cada vez mais pessoas tomam consciência da situação e lutam”.


Acompanhe as próximas atividades da Ujes no blog e some forças nesta luta, com os jovens nas escolas e universidades, organize-se você também e organize o grêmio de sua escola.


Johannes Halter

Militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista