“Mais de 70% das escolas públicas não têm biblioteca”, esse é o título de uma matéria da revista veja, da semana passada.

Todos nós já conhecemos bem o descaso do governo com as escolas públicas do nosso país. Não há possibilidade de incentivar um aluno a leitura se ele não há disponível um acervo mínimo de livros.Tanto não se importa que das 7.284 instituições inauguradas em 2011, apenas 21% possuem biblioteca e as que possuem o espaço, muitas vezes não conseguem mantê-lo, pois não há bibliotecárias disponíveis para o cargo.

O governo do estado de Santa Catarina se quer, possui concurso para bibliotecário. Logo, mesmo possuindo um acervo, eles não estão disponíveis aos alunos sempre que precisam.
Segundo a lei 12.244 as instituições de ensino do País, públicas e privadas, devem ter uma biblioteca até o ano de 2020. Para que isso aconteça, o governo deverá construir, em média, 34 bibliotecas por dia para se regulamentar a essa lei.

Ponho como exemplo a Escola Estadual João Rocha, que não possui uma biblioteca, e sim, um depósito de livros didáticos e um pequeno acervo, não disponível aos alunos em todos os períodos por não possuir uma bibliotecária para o cargo, mas sim, uma professora afastada por problemas físicos.
O Grêmio Estudantil do colégio luta para que a biblioteca esteja em condições de uso, e que tenha um funcionário disponível para orientar os alunos. Sem partir dos alunos, que são os principais prejudicados, essa lei não será posta em prática.

O Grêmio é a representatividade dos estudantes, engloba os problemas e faz a frente para lutar por melhorias.

Por isso é de extrema importância que todos os colégios públicos possuam um grêmio, pois só assim poderemos ser ouvidos e, principalmente, garantir que nossos direitos e reivindicações sejam atendidos.
A Ujes, como uma união dos grêmios de Joinville, estará junto com os alunos nessa luta, por uma educação pública e de qualidade, por bibliotecas nas escolas, pois é nosso direito e só lutando poderemos conquistá-lo.

Dayane de Oliveira Pacheco
Diretora de Imprensa da Ujes


Como brinde de fim de ano os estudantes e trabalhadores receberam do governo municipal um aumento da passagem de ônibus. O ex-prefeito Carlito Merss reajustou a tarifa de R$ 2,75 para R$ 3,00 e a embarcada de R$ 3,10 para R$ 3,35. 

No segundo dia do novo ano, o prefeito eleito Udo Döhler revoga o valor da passagem dado por Carlito e concede novo reajuste. Ele aumenta R$ 2,75 para R$ 2,90 e de R$ 3,10 para R$ 3,30. Mesmo concedendo valor menor, Udo aumentou o valor da tarifa, que continua 300% acima da inflação. Ou seja, o novo governo continua favorecendo as empresas privadas do transporte coletivo.