*Por Vilson Junior da Silva

A situação em que a E.E.B. Dr. Paulo Medeiros enfrenta é realmente grave, nós, secundaristas, temos o direito de um ensino de qualidade. O dinheiro para que isso aconteça existe e queremos.

Há muito tempo nossa escola vem sofrendo com vandalismo por falta de segurança, entre furtos e depredações a instituição está cada vez mais destruída, e tudo isso, por quê? Por descaso do governo. Sim! Estamos insatisfeitos com o péssimo governo de Raimundo Colombo?!

No dia 25 de janeiro (domingo), ocorreu um incêndio em nossa escola que destruiu completamente duas salas e parcialmente outras duas, o custo da reforma e reposição dos materiais é estimado em R$ 1.000.000.00 (um milhão de reais).

Incêndio na escola Dr. Paulo Medeiros - Foto de Carlos Junior/ND

Isso tudo não teria acontecido se a escola contasse com a devida segurança. 

Desde o início do ano passado, o grêmio estudantil da escola lutou incansavelmente por um vigilante 24 hrs, o que o governo estadual insistiu em recusar, somente depois do ocorrido incêndio, o tão necessário vigilante foi contratado.

O custo que o governo terá para reformar, poderia ser revertido para educação e pagar por muito tempo um responsável pela segurança do colégio.

E não para por aí, vários fatores internos afetam o aprendizado dos cerca de 900 alunos matriculados, como os aparelhos de ar condicionado, que há muito anos já foram instalados, mas toda a fiação da escola não suporta os aparelhos ligados. Sem falar das goteiras nas escadas, ameaçando a segurança dos alunos e a dos próprios professores, mangueiras de incêndio furtadas, falta de materiais didáticos, a lista não acaba...

Como todo patrimônio público, devemos zelar, e não podemos sucumbir ao sistema e aceitar o que está errado! Pagamos impostos muito altos e não temos o que nos é de direto. Com luta e organização, venceremos!

*Vilson Junior da Silva, integrante do grêmio estudantil da E.E.B. Dr. Paulo Medeiros (Gestão Filhos da Revolução) e aluno do 3° ano.



Os alunos da rede estadual de ensino voltaram às aulas nesta segunda-feira (9) e, como previsto, se depararam com vários problemas. O que, infelizmente, é comum no início do ano letivo em Santa Catarina.

Para começar, cerca de 2500 alunos encontraram suas escolas fechadas por ordem da vigilância sanitária. Algumas abrirão apenas no ano que vem. Outras, ainda essa semana. De qualquer maneira, é um transtorno tanto para os alunos, quanto para os pais, e ainda mais para os professores e funcionários.

A Escola Engenheiro Annes Gualberto, localizada no Iririú, está finalizando as obras, e volta as aulas normais nesta quarta-feira (11). Por causa da interdição no ano passado, os alunos passaram a estudar na Assessoritec e no colégio Municipal Léa Lepper. Estudaram em salas lotadas e improvisadas. A escola ficou praticamente 1 ano interditada, mas, finalmente poderá receber os alunos.

O colégio Maria Amin Ghanem, no Aventureiro, tem uma lista de interdições, desde 2012, e ainda continua em reformas. Os alunos continuarão estudando no CEDUP e na Escola João Rocha pelo menos até setembro, que é o prazo previsto para as obras acabarem.

Os alunos do Osvaldo Aranha, no bairro Glória, também passam pelo transtorno das reformas desde o início de 2012. Estamos em 2015 e o prazo das obras foi estendido novamente, agora até abril. Os alunos começarão as aulas nesta quinta (12), na Faculdade Anhanguera.

A Plácido Olímpio de Oliveira remanejará os 350 alunos para a Faculdade Anhanguera, e a previsão é que os alunos voltem as aulas apenas no ano que vem.

A gerente da Educação, Dalila Leal (GERED) garantiu que os alunos terão transporte escolar disponíveis. Infelizmente, isso não resolve o problema. Queremos as escolas reformadas, para que os alunos não passem mais por esses transtornos. Essas reformas já tiveram prazos estendidos diversas vezes, e já poderiam ter sido entregues há muito tempo. Os alunos já não agüentam mais.

Além das escolas interditadas, temos a centenária Conselheiro Mafra, que está abandonada, e provavelmente não abrirá mais. O grêmio do colégio fez várias manifestações pela restauração da mesma, porém o governo não deu nenhum sinal de que começaria obras na instituição. Por fim, os alunos estão estudando na ACE, apenas no período matutino, e ainda esperam alguma resposta do governo sobre o próximo ano.

O Conselheiro Mafra é um exemplo de descaso com a educação em Joinville e do futuro que o governo está dando para a educação em Santa Catarina.

Com isso, das 42 escolas, 38 voltaram as aulas normalmente, porém sofrem com o descaso da educação pública. Falta de estrutura, climatização, bibliotecas precárias, sem quadra coberta, além da falta de professores.

Falando em professores, não é novidade saber da falta de professores no ensino público de Santa Catarina. Com todo esse descaso, qual o professor que quer dar aula para o estado? Não há estrutura nenhuma, cumprimento do piso salarial ou plano de carreira.

É lamentável que, em uma das principais cidades do estado, o governo dê o mínimo necessário para termos uma educação de qualidade. Os alunos e professores não são tratados com dignidade quando postos em salas de aula sem climatização, janelas e portas quebradas, com goteiras, e todos os problemas de estrutura que se pode imaginar.

Enfim, voltamos às aulas, e com isso volta à luta diária por uma educação pública gratuita e de qualidade para todos.