O Brasil detém uma triste história política e civil. Passamos por duas ditaduras fascistas e autoritárias: a primeira nos anos 30, com o Estado Novo de Getúlio Vargas, a segunda nos anos 60, com o Golpe Militar. Duas lástimas para o desenvolvimento social do país.

Hoje (01/04) completa-se 50 anos do golpe desferido ao presidente João Goulart, mas que fez sangrar a nação brasileira. Com apoio de governo, igrejas e civis, as tropas do general Olímpio Mourão Filho saíram de Minas Gerais e partiram para o Rio de Janeiro, enquanto o presidente viajava oficialmente para o Rio Grande do Sul, tornando o sonho da ala conservadora brasileira e também do governo dos Estados Unidos, realidade. Nesse dia, declararam no Congresso Nacional, em Brasília, que Jango havia fugido e que, portanto, os militares deveriam “cuidar e tomar conta do Estado brasileiro”.

Começou assim, no dia 1 de abril de 1964, a tortura, o sofrimento e o massacre de nosso povo, sendo feitas pelas mãos do próprio Estado, dos golpistas do Exército.


Prisões, assassinatos, desaparecimentos, tudo acontecia com quem se manifestava. Havia espalhados pelo país, inúmeros departamentos de tortura e, para por isso em prática, a polícia era treinada, comprovadamente, pelos EUA. A caça por camaradas comunistas e qualquer um que fosse contra o regime era diária e impiedosa. A censura era extrema e covarde. Falácias também surgiam diariamente para tentar justificar o regime, como a mentira do “milagre econômico”, que, se ocorreu, foi, obviamente, apenas para uma parcela muito favorecida da sociedade. O nacionalismo foi cuspido na população. Nós, a juventude, fomos proibidos de pensar e tivemos de jurar amor ao país. Nada de mais brutal poderia nos acontecer.

A União Joinvillense dos Estudantes Secundaristas (UJES) coloca-se dentro dos 21 anos de regime da extrema-direita, pois compartilha da dor e homenageia todos que sofreram nas mãos dos torturadores e sempre se manifestará repudiando regimes autoritários e capitalistas.

Ditadura Militar Nunca Mais!
Abaixo à repressão!
Abaixo o capitalismo!
O socialismo nunca se calará!


Francisco Aviz
Diretor de comunicação da Ujes. 

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