Atualmente vivemos a maior crise econômica mundial, o que faz com que governos aliados aos banqueiros e empresários, no Brasil e internacionalmente, apliquem cortes na educação, saúde, previdência, retirada de conquistas sociais e trabalhistas, causando desemprego e intensificando lutas e mobilizações pelo mundo todo. Só em março deste ano, o “Ajuste Fiscal” promovido pelo governo federal, Dilma Rousseff, cortou o orçamento de todas as áreas sociais, a mais afetada foi a educação que perdeu pelo menos R$ 9 bilhões, com o pretexto de “salvar a economia da crise”, crise que não foi realizada por nós e, portanto, não devemos pagá-la.

No Brasil, as manifestações de Junho de 2013 provocaram uma mudança na situação política, intensificando as greves de massa em diversas categorias, a atual greve dos professores do Distrito Federal, as greves e mobilizações de metalúrgicos contra as demissões, além de mostrarem a necessidade de uma verdadeira organização que seja capaz de impulsionar mobilizações e lutas de toda a juventude, trabalhadores, oprimidos, enfim, de todos aqueles insatisfeitos com este sistema que não tem nada a nos oferecer a não ser barbárie.

A política de cortes promovida pelo Governo Estadual, Raimundo Colombo, que tem a mesma lógica de cortes promovida pelo Governo Federal, ou seja, ambos trabalham para defender os interesses de grandes empresários que sucateiam as escolas públicas, fecham ou vendem para a iniciativa privada, como é o caso dos Centros de Educação Profissionais – CEDUP - Joinville, que metade é gerida por uma cooperativa, e os alunos passam a ser “sócios” da escola para poder receber os materiais das aulas práticas. A lógica do estado é simples, enxuga até onde dá pra poder privatizar. 

O ano de 2015 foi marcado por greves de diversas categorias. Em Santa Catarina, a greve do magistério teve uma duração histórica, onde os servidores ficaram 72 dias paralisados, lutando por reivindicações como, por exemplo, a aplicação do Piso Nacional e contra a retirada de direitos. Entretanto, o que a categoria que recebia em troca era um governo que não negociava.

A UJES esteve durante toda a greve junto dos professores participando dos atos, mobilizando todos os estudantes na defesa da escola pública.

Ainda nesse mesmo ano, os jovens do Brasil todo sofreram diversos ataques, a proposta de redução da maioridade penal apresentado por Eduardo Cunha, só mostra a redução da capacidade de governar para a juventude. A solução para a criminalidade não é enjaular a juventude, mas investir em transporte, saúde e educação, de forma pública, gratuita e para todos. A UJES, junto com outras entidades realizou nesse ano um “Pipaço contra a redução da maioridade penal”. O Parque São Francisco de Assis no bairro Adhemar Garcia foi cenário da manifestação dos jovens que disseram que a redução não é a solução.

No estado de SP, o Governo Alckmin está propondo “reorganizar” as escolas, com um plano que pode fechar até 30% das escolas do estado, demitir dezenas de milhares de professores e superlotar ainda mais as salas de aula. Os estudantes estão respondendo esse ataque com ocupação das escolas, hoje mais de 80 escolas se encontram ocupadas e luta dos estudantes de SP só tende a crescer cada vez mais.

A fim de efetivar a participação dos estudantes na sua entidade de representação municipal, propomos ao Congresso a votação e aprovação da alteração do estatuto da UJES, com congressos anuais desta entidade, com eleição de nova diretoria a cada ano, e com a realização do Conselho Municipal de Entidades Estudantis – CMEG, anualmente e em data anterior ao Congresso. Esses são elementos essenciais na democracia estudantil, especialmente no momento de crise em que vivemos.

A UJES deve continuar se conectando com o movimento dos estudantes que estão dispostos a lutar por seu futuro em Joinville, no Brasil e no mundo todo.

Nenhuma criança fora da escola, nenhum jovem fora da universidade, nenhum brasileiro analfabeto!

Contra a municipalização do ensino! Por mais Escolas Técnicas Federais!

Pelo não pagamento da dívida pública interna e externa! Todo dinheiro necessário para a educação!

Contra os cortes na educação: Nenhuma escola pública deve fechar as portas!

Pelo fim da administração das escolas pela Polícia Militar!

Pelo fim do vestibular! Educação Pública e Gratuita para todos em todos os níveis já!

Toda solidariedade aos estudantes de São Paulo! Contra a Reorganização Escolar do Alckmin!

Contra e redução da maioridade penal!

Que a UJES faça uma campanha por vagas a todos imigrantes nas escolas públicas!





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